HOJE 14 DE ABRIL, É O DIA MUNDIAL DO CAFÉ!

Queremos Parabenizar  a  todos os agricultores de Fundão que fazem o nosso município ser representado na Industria do Café, como o 2o. maior produtor do Brasil, o primeiro na produção do Conilon, esses dados demostram de maneira significativa que esta é a principal vocação em nossa cidade, desenvolver o Agro Negócio de Turismo.  

Origem do Café no Estado do Espírito Santo

Principal produto agrícola de Fundão, o cultivo dos cafezais capixabas ocorreu na metade do século XIX. O café foi plantado em terras capixabas pelo sul e com o decorrer dos anos a cafeicultura foi se consolidando como atividade econômica para o nosso Estado .A atividade cafeicultora se traduziu nesse início como uma substituição interna no modelo primário exportador canavieiro.       A expansão da cafeicultura foi rápida. Em 1850 já era notável a importância da cultura no setor econômico capixaba. Neste período surgiram estradas de rodagem, navegação interprovincial, construção de ferrovias e o crescimento das atividades do Porto de Vitória, que beneficiaram ainda mais o desenvolvimento econômico para o estado do Espírito Santo.

O Café Arábica no Espírito Santo

A cafeicultura de arábica em terras capixabas teve início na segunda década do século XIX, consolidando-se como importante atividade econômica com o advento da imigração italiana e alemã.

Inicialmente plantada no sul do Estado e região centro serrana, a partir de 1920 expandiu-se também para o norte do Rio Doce, ocupando áreas recém desbravadas da Mata Atlântica.

Até o ano de 1962, o café arábica foi o senhor absoluto da economia estadual ocupando mais de 500 mil hectares.

O Conilon no Espírito Santo

A introdução do café robusta no Espírito Santo  ocorre, na realidade, no final da década de 20. As primeiras sementes foram plantadas no município  de Cachoeiro de Itapemirim. A abundância de recursos fartamente subsidiados e a tradição dos cafeicultores, fizeram surgir toda uma mobilização para que o IBC financiasse lavouras de café robusta, apto para regiões onde estava impedido o cultivo do arábica.

As primeiras sementes de conilon, provenientes de Cachoeiro de Itapemirim, foram levadas para a Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa. Posteriormente foram levadas, tanto de Cachoeiro de Itapemirim como de Santa Teresa, para São Gabriel da Palha pelo Sr. Ernesto Caetano e plantadas nas propriedades dos Srs. Moisés Colombi e Arcanjo Lorenzoni.

Inicialmente, houve resistência das regiões que cultivavam arábica. Os produtores temiam que as lavouras de robusta viesse a substituir os cafés mais finos, dados os menores custos de produção e a elevada produtividade do robusta.

“Este conjunto de fatores levou os produtores a iniciarem por conta e risco as respectivas lavouras de conilon, sem qualquer auxilio financeiro do governo”.

Tendo como Prefeito Municipal o Dr. Dário Martinelli e extensionista da antiga ACARES o Eng. Agrº Ailton Vargas de Souza, em 1971 iniciou-se os plantios comerciais de conilon com sementes das propriedades acima mencionadas e em pouco tempo o conilon, apesar de toda resistência oficial para o seu plantio, começou a ocupar os espaços deixados pelo arábica, trazendo esperança a uma região desolada.

Atualmente, o Espírito Santo é o maior produtor brasileiro de conilon, com 75% da produção nacional do Robusta, e a variação de 8,5 a 9,5 milhões de sacas por ano.

É o 2º maior produtor de café do Brasil, com cerca de 25% da produção nacional.

 

Fonte: COOABRIEL – Relatório de atividades de 1997 e Cecaf.

Destino dos Cafés do ES
Arábica
:
60% – Exportado
40% – Mercado interno

Conilon:
10% – Exportado
90% – Mercado interno

Principais Destinos:
Estados Unidos
Eslovênia
Alemanha
Países da Região do Mediterrâneo
Argentina

Parque Cafeeiro no Estado do ES
Total de propriedades rurais: 
82.400
Participação de Propriedades com Café: 68,16%

Fonte: Cetcaf.

Cafeicultura do ES em números

O café é a principal e mais tradicional atividade agrícola do Espírito Santo e o maior gerador de recursos na maioria dos municípios capixabas;

O Espírito Santo é o 2º maior produtor de café do Brasil e o 1º em produção de café conilon.

Em 0,55% do território nacional o Espírito Santo produz 25% de todo o café brasileiro;

Se o Espírito Santo fosse um país, ele seria o 3º maior produtor de café do mundo e o 2º maior na produção de conilon/robusta;

A cafeicultura é praticada em quase todos os municípios do Estado;

87% do café do Espírito Santo é cultivado em pequenas propriedades rurais que têm em média 9,37 ha;

A cafeicultura do ES emprega cerca de 350 mil pessoas diretamente.

Há diversos capítulos da história do café para serem contados, afinal, ele deixou registros importantes pelo mundo todo. Não é a toa que o café constituiu-se como um hábito cultural.

No entanto, até a sua chegada ao Brasil, muita coisa aconteceu. Lendas, intrigas políticas, conflitos sociais e outros fatos polêmicos marcaram a trajetória do grão pelo mundo. Cada país deixou um legado para a bebida. São muitos anos de história. Vale a pena conhecer.

Quem trouxe o café para o Brasil?

A chegada do café ao Brasil traz uma série de histórias que narram conflitos de interesses e mistério. A primeira muda da planta veio em 1727, trazida por Francisco de Melo Palhete.

Bandeirante, a serviço da Coroa Portuguesa, ele vinha da Guiana Francesa e recebeu a planta -clandestinamente- da esposa do governador francês Claude d’Orvilliers. Aparentemente, a gratidão da Madame d’Orvilliers já deu o que falar por aqui.

Sempre retratado como um heróis da Coroa Portuguesa, o Sargento – Mor Palhete, tinha entre as tarefas o reconhecimento de trajetos fluviais para defesa de território. Ele era um militar graduado que tinha, provavelmente, como objetivos o enriquecimento e o poder da metrópole. Francisco Palhete, foi quem começou o cultivo do café no Pará.

Devido as condições climáticas favoráveis foi possível manter uma produção voltada para consumo regional.

Conforme aumentava o consumo do café pela Europa, a história do café no Brasil ganhava espaço. A produção dos grãos foi expandida, com a ajuda de João Alberto de Castello Branco. Assim, ele foi incumbido de começar as plantações na região Sudeste do país. Foi ele quem  trouxe mudas de Coffea arabica e introduziu o café no Rio de Janeiro. A partir desse momento, surgiria um novo ciclo econômico.

A História do Café Brasileiro

Da sua chegada ao Brasil até a consolidação como modelo econômico, passaram-se 100 anos de história do café. As produções de planta no país começaram em modestas lavouras mas, com o passar do tempo, o chamado ouro negro foi responsável pelo alvorecer da esperança de um recomeço para Portugal.

Foi somente no séc XIX, na região do Vale do Rio Paraíba, que as plantações de café no Brasil ganharam maior representatividade. Isso aconteceu,principalmente, devido a escassez do ouro e a alta concorrência do açúcar, pois era necessário encontrar alternativas que  superassem os problemas econômicos e contribuíssem para a manutenção da aristocracia. Assim, a expansão do café no Brasil surgiu como uma oportunidade para a continuidade do Império e do Primeiro Reinado.

Enquanto Portugal ainda vivia uma política mercantilista e extrativista, o restante da Europa, já havia passado pela Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Esses acontecimentos redesenharam os pensamentos e mapas da região. Os conflitos políticos vividos na região deixavam poucas opções aos portugueses e a vinda da família real parecia inevitável, pois o Brasil era um dos principais eixos de suas relações comerciais.  Quando adentraram as terras brasileiras, o país deixou de ser uma colônia e tornou-se a sede do Império Lusitano.

A vinda da corte foi decisiva,inclusive, para o desenvolvimento da economia cafeeira e a industrialização no país. Ela registrou  o início da  abertura dos portos para o comércio internacional e estimulou as atividades industriais que favoreceram, sobretudo, a urbanização (1830 e 1840).

Foi um período marcado, principalmente,  pela construção de estradas de ferro e a chegada de imigrantes. Esses acontecimentos transformaram o Brasil em uma peça importante no cenário mundial de produção de café.

História do Café – A Origem e Trajetória da Bebida no Mundo

O Café e a Lenda Etíope

Não existem registros oficiais sobre a origem do café. Sabe-se, entretanto, que se trata de uma planta nativa das regiões altas da Etiópia (Cafa e Enária).

Segundo uma das lendas, foi um pastor etíope, denominado Kaldi, quem percebeu que havia algo diferente nas plantas da região. Ele havia alimentado suas cabras com arbustos e folhagens que tinham um fruto amarelo-avermelhado e notou que os animais ficaram mais animados e com energia, a medida em que mastigavam os frutos.

Segundo uma das lendas, foi um pastor etíope que descobriu o café
Segundo uma das lendas, foi um pastor etíope que descobriu o café

Intrigado com o comportamento de suas cabras, ele levou uma amostra da planta para um monge. O religioso, inicialmente, não aprovou e a denominou como “o trabalho do diabo”. A segunda chance foi dada depois que as plantas foram jogadas na fogueira e os monges sentiram o aroma dos grãos torrados.

Já uma outra versão dessa história do café, conta que quando Kaldi levou as sementes ao Monge. O religioso, logo demonstrou curiosidade e decidiu preparar uma infusão com as plantas e frutos. Assim que consumiu o preparo, ele comprovou que as plantas causavam uma certa agitação. Considerando os efeitos positivos, o monge passou a consumir o preparo dos frutos avermelhados nas noites de reza.

Alguns registros afirmam que o consumo de café começou por volta de 575 d.C. – mesma época das lendas sobre a origem do café -, nessa época os etíopes alimentavam-se do fruto. Aparentemente, a polpa era consumida nas refeições. Ela era macerada ou misturada em banha. Com os frutos também faziam suco, que fermentado se transformava em bebida alcoólica. Suas folhas também eram mastigadas ou utilizadas no preparo de chá.

Origem da palavra: Café

Embora a planta tenha origem africana, foi no Iêmen,  região oeste da Arábia, que ela começou a ser cultivada. A história do café, aliás, começa pela criação do nome, que tem origem árabe. Lá a planta era conhecida como Kaweh e a bebida foi denominada como Kahwah ou Cahue, que significa Força.

A produção comercial do café também ficou restrita ao Iêmen por um bom tempo. O produto já demonstrava o potencial econômico, em meio ao desenvolvimento da política mercantilista.  As características estimulantes e a possibilidade de apresentar novas drogas, que fossem também consideradas mercadorias competitivas, despontava como uma oportunidade.

Na época, a bebida era consumida principalmente por monges em rituais religiosos pois, os auxiliavam durante as noites de reza e vigília noturna.

Afinal, era um produto que estava de acordo com os princípios do Alcorão, que condenava o consumo de bebidas alcoólicas.

Conhecida também como, vinho da arábia, o café ganhou escala comercial no séc. XIV, na região de Moka, principal porto do Iêmen,  que foi responsável por um dos maiores cultivos do produto no mundo árabe. E o seu porto, o maior exportador.

 

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