Até quando ? Esta tem sido a pergunta que todos estão se fazendo. O mundo e o Brasil estão vivendo as piores tragédias pelo mal comportamento do homem em relação a cuidar do seu meio ambiente. Estudos vêm mostrando há quase três decadas que estamos tratando mal o Planeta.
Desde a Rio Eco em 1992, quando 179 paises se reuniram pela primeira vezz para tratar desta questão que não conseguimos avançar nas questões , mas sobretudo na conscientização de cada um. Veja um Resumo do Encontro:
A ECO-92, conhecida também como Cúpula da Terra ou oficialmente como Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, foi realizada no ano de 1992 na cidade do Rio de Janeiro.
Reuniu líderes de 179 países, milhares de ONGs, representantes de organismos internacionais e agências regionais, além da população interessada.
Foi considerada a maior conferência do tipo realizada até então.
Ela foi importante porque estabeleceu de forma definitiva o conceito de desenvolvimento sustentável e abordou questões fundamentais para que se possa alcançá-lo, levando em consideração as esferas social e econômica.
A ECO-92 abordou ainda as mudanças climáticas e a questão da biodiversidade e do desmatamento das florestas.
A Declaração do Rio e a Agenda 21 são dois dos mais importantes resultados da ECO-92.
A ECO-92 pautou as conferências que foram realizadas na sequência, nas quais foram reforçados os compromissos de ação e cooperação internacional feitos durante a Cúpula da Terra.
Levantamento realizado pelo IJSN em meio às tragédias recentes no Rio Grande do Sul e na Região Sul do Espírito Santo
Com os impactos cada vez mais intensos das mudanças climáticas, recentes tragédias no Rio Grande do Sul e na Região Sul do Espírito Santo colocam em evidência a urgência de medidas para mitigar danos. Um levantamento conduzido pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) revelou que, dentre as 27 capitais brasileiras, 15 não possuem um Plano de Mudanças Climáticas, incluindo Vitória, capital capixaba. O levantamento, realizado em maio de 2024, evidencia a importância do Plano de Mudanças Climáticas como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), visando fortalecer a resiliência e a capacidade de adaptação aos riscos climáticos em todos os países.
Especialistas ressaltam que a busca por soluções de adaptação aos efeitos climáticos precisa ser implementada o mais rápido possível. “Temos que tornar as populações muito mais resilientes. No caso do Brasil, o Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] já vem realizando estudos, e milhões de brasileiros não podem mais continuar morando em áreas de risco, à beira do rio, em encostas muito íngremes. Além disso, precisamos aprimorar significativamente os sistemas de alerta”, afirmou o meteorologista Carlos Nobre, em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
O Cemaden está concluindo um estudo que já identificou mais de 1.900 municípios dos 5.565 em todo o Brasil com áreas de risco de deslizamentos, inundações e enxurradas.
Além disso, entre os anos de 2013 e 2022, desastres naturais, como tempestades, inundações, enxurradas e alagamentos, atingiram 5.199 municípios brasileiros, representando 93% do total de 5.570 municípios. Mais de 4,2 milhões de pessoas tiveram que abandonar suas casas em decorrência desses desastres, conforme dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Situação dos Planos de Mudanças Climáticas nas Capitais Brasileiras (Maio de 2024) | |
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Não contam com o Plano de Mudanças Climáticas | Contam com o Plano de Mudanças Climáticas |
Vitória (ES) | Belo Horizonte (MG) |
Belém (PA) | Brasília (DF) |
Boa Vista (RR) | Curitiba (PR) |
Campo Grande (MS) | Fortaleza (CE) |
Cuiabá (MT) | Florianópolis (SC) |
Goiânia (GO) | João Pessoa (PB) |
Maceió (AL) | Recife (PE) |
Macapá (AP) | Rio Branco (AC) |
Manaus (AM) | Rio de Janeiro (RJ) |
Natal (RN) | Salvador (BA) |
Palmas (TO) | Terezina (PI) |
Porto Alegre (RS) | – |
Porto Velho (RO) | – |
São Luiz (MA) | – |
Aracaju (SE) | – |
O levantamento, realizado em maio de 2024, evidencia a importância do Plano de Mudanças Climáticas como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), visando fortalecer a resiliência e a capacidade de adaptação aos riscos climáticos em todos os países.
“O que é a Agenda 21?
A Agenda 21, também conhecida como Agenda 21 Global, é um dos documentos aprovados durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, mais conhecida como ECO-92 ou Cúpula da Terra, realizada na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1992. Trata-se de um plano de ação participativo que estabelece metas e objetivos em diferentes setores da economia e da sociedade para se alcançar o desenvolvimento sustentável. Esse plano serviu como instrumento para a atuação em conjunto dos 178 países signatários do documento, todos eles participantes da ECO-92 e membros das Nações Unidas.
A adoção das medidas propostas pela Agenda 21 deveria ser feita não somente pelos agentes que atuam em escala global ou internacional, como a própria ONU e os Estados, mas também pelos agentes locais e grupos representativos de todos os segmentos da sociedade moderna responsáveis por gerar impactos na natureza, conforme descreve a Divisão para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O nome Agenda 21 faz referência ao fato de esse documento elencar os objetivos e compromissos para com o meio ambiente para o século XXI.”
Veja mais sobre “Agenda 21” em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agenda-21.htm
Agenda 2030
A Agenda 2030 estabeleceu os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável.
A Agenda 2030 é o documento assinado por todos os países-membros da Organização das Nações Unidas durante a Assembleia Geral que aconteceu no ano de 2015, e qu fixa novas metas para alcançar o desenvolvimento sustentável em escala global. Representa a reafirmação e ampliação dos compromissos feitos para a Agenda 21.
Foi nesse documento que se estabeleceu os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, que consiste em um conjunto de medidas a serem implementadas de forma integral pelos Estados nacionais e demais territórios até o ano de 2030. Os objetivos possuem 169 alvos prioritários para a elaboração de políticas e planos de ação, o que transforma a Agenda 2030 no compromisso ambiental de maior abrangência já estabelecido internacionalmente.