Ao longo das ultimas décadas, as praias brasileiras que sempre foram território livre e democrático, vem sendo ocupado pelos “desocupados comerciantes”. Toda a costa praiana brasileira é considerado território de Marinha do Brasil, e para exploração de comércio devem ser autorizados e regulamentados pelos estados e ou prefeituras em conformidade com uso da áreas de marinha, (Os Terrenos de Marinha são áreas que pertencem à União, ou aos Estados e Municípios em alguns casos, delimitadas a partir da Linha Preamar Média (LPM), ou seja, da linha que separa a parte terrestre da parte marítima do litoral. A linha da preamar-média significa a média da maré alta em determinado período).
Mas como dissemos, esta ocupação desordenada pelos donos das áreas, chamadas de loteamento que estabelecem quem poderá sentar em suas cadeiras e ocupar suas mesas, com cobranças exageradas e indevidas, quando dão estes diretos aos usuários sobre a condição de uma consumação mínima, um grande absurdo com a conivência das fiscalizações publicas.
Não obstante essas arbitrariedades, existem aqueles que desejam ouvir suas musicas de péssimo gosto no mais alto volume em suas potentes caixas de som, incomodando a paz dos frequentadores, pois com o passar das horas e o consumo de álcool começam também as indecorosas e desnecessárias dancinhas, tudo isso além do desrespeito com o próximo, no caso os vizinhos de barraca, também com as omissões das fiscalizações publicas.
Todos tem direito ao seu banho de mar, curtir a sua praia nas férias com a família, mas aquele espaço que sempre foi o mais democrático está virando terra de ninguém, com raras exceções como os municípios que regulamentaram estes absurdo como: Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios, Florianópolis, Fernando de Noronha entre outras.
Aqui em Vitória, além destes problemas, alguns quiosques que funcionam com autorizações dos órgãos públicos, fizeram suas badaladas e caras festas de réveillon e estão limitando seus espaços e fechando as areias como propriedade particular e colocando o nome de beach club com privacidade para seus abastados clientes, outros ocupam com quadras particulares com cobrança de aulas beach tênis. Um grande abuso e absurdo estas ocupações, sem entendermos quais são os critérios de privilegiar uns em detrimento de outros que desejam apenas pegar uma praia e relaxar.
As Praias são publicas, a União, Prefeituras e Estados devem regulamentar essa utilização sem privilegiar ninguém no ultimo espaço democrático que ainda temos ou tínhamos de graça, para as férias em família.